‘Habitar’. Entrar por uma casa adentro (ou por um
corpo, ou por um som, ou por um pensamento...), misturar-me, diluir-me,
camuflar-me, como se já lá estivesse estado, como
se nunca de lá tivesse saído... é uma sensação
que prezo e a única razão pela qual vale a pena sair
do lugar. Desta vez, a casa que me acolhe é o imaginário
de Helena Almeida, uma artista com a qual partilho o desejo de
permanecer na fronteira do visível e de espreitar a realidade
de esguelha (como se não fosse eu).
To ‘inhabit”. To enter a house (or a body, a sound,
a thought...), to mingle, dissolve, disguise, as if I had already
been there, as if I never got out of there…it’s a
feeling that I cherish and the only valuable reason to move. This
time, the house receiving me is the imaginary of Helena Almeida,
an artist with whom I share the desire to be on the edge of the
visible and observe reality from the sideline (as if it wasn’t
me).